Milhares de pessoas participaram neste sábado (29/11) das Marchas pela Dignidade para reivindicar “pão, trabalho e teto” na Espanha. As jornadas encerram uma semana de atividades de protestos contra as políticas econômicas do governo de Mariano Rajoy e para pedir emprego digno e renda básica. A maior concentração foi realizada em Madri, onde a multidão encerrou a manifestação na Praça do Sol.
Agência Efe
Mobilização em Madri iniciou desde o começo da manhã deste sábado e terminou concentrada na Praça do Sol
Sindicatos, coletivos sociais e organizações políticas realizaram marchas em diversas cidades espanholas.
Durante o ato realizado na capital espanhola, manifestantes carregavam cartazes com dizeres como “que viva a luta da classe trabalhadora”, “não ao pagamento da dívida ilegítima” ou ainda “violência é roubar casa e pão”.
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À Agência Efe, uma manifestante chamada Carla disse que se manifesta porque “é o momento de recuperar o país” e ressaltou que “levaram os recursos públicos, o emprego, estão expulsando os jovens das universidades. Assim é impossível construir um projeto de vida. Obrigam os jovens a ir do país e os jovens o que queremos é ficar”.
Agência Efe
Manifestantes também criricam governos da 'troica'
O secretário geral da Comissão de Trabalhadores de Madri, Jaime Cedrún, celebrou a “grande participação” dos madrilhenhos”. De acordo com ele, “milhares de pessoas estão demonstrando aos governos tanto da nação, como da região, que têm que responder, não pode ser assim”.
A Espanha é o primeiro país europeu a aparecer no Índice Mundial de Miséria. De acordo com o informe sobre Pobreza e trabalhadores pobres na Espanha, elaborado pela Fundação 1º de Maio, um em cada três espanhóis estão em situação de pobreza e exclusão social. Além disso, mais de 4 milhões de pessoas se encontram desempregadas, de acordo com o ministério do Emprego no país.