Terça-feira, 15 de julho de 2025
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O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, afirmou nesta segunda-feira (22/11) que seu país não precisa de ajuda externa para vencer a crise financeira, ao contrário da Irlanda, que no domingo (21/11) aceitou um pacote de socorro aos bancos por parte da União Europeia e do FMI, em troca de medidas de austeridade.

“Vejo que há muitos que acham que, falando muito no FMI, podem contribuir para que o país recorra a alguma espécie de ajuda. Mas, no fundo, confundem os seus desejos com a realidade, porque o país não precisa de nenhuma ajuda”, declarou Sócrates em Lisboa, segundo a agência de notícias portuguesa Lusa.


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Sócrates criticou as correntes portuguesas para quem a entrada do FMI em Portugal é inevitável. Segundo ele, isso não acontecerá, porque “Portugal estava sendo arrastado por um efeito de contágio com a situação de desconfiança relativamente à Irlanda”. Para ele, as situações de crise dos dois países são diferentes por natureza e “não há relação” entre os problemas financeiros irlandeses e os portugueses.

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“Espero que a decisão do governo irlandês ponha fim a essa incerteza e que a confiança nos mercados seja restaurada. E repito: não há nenhuma razão de desconfiança em relação a Portugal”, acrescentou, segundo o Jornal de Notícias, da cidade do Porto.

Sobre o crescimento econômico português, que vem sendo considerado tímido por alguns críticos e poderia demandar uma intervenção do FMI, o primeiro-ministro afirmou qu Portugal foi uma das economias que melhor resistiram à crise em 2009, com retração de -2,5%, contra -4% do resto da Europa em média.

“Todas as razões objetivas são, aliás, em sentido contrário. De janeiro a setembro, Portugal teve um crescimento que ninguém previa, sendo de 1,8% em termos de crescimento já executado, quando a previsão do governo era de 0,7%”, lembrou.

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Portugal não precisa de ajuda do FMI, afirma primeiro-ministro

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