Pela primeira vez desde o acidente nuclear de Fukushima, há
sete anos, uma praia próxima da central acolheu banhistas neste final de
semana, com a esperança de que isso ajude a melhorar a imagem da região. Duas
outras praias destruídas pelo terremoto e tsunami gigantes de 11 de março de
2011 também foram liberadas para o público, num momento em que o Japão sofre
uma grave onda de calor com temperaturas recordes.
Pela primeira vez, as praias, que ficam entre 30 km e 40 km da central de
Fukushima, receberam banhistas e surfistas. Os controles de qualidade d’água
não detectam contaminação radiativa há alguns anos, afirma um responsável da
praia da cidade de Soma. A reabertura atrasou por causa da construção de
equipamentos para banhistas. Mas, mais de sete anos depois do acidente da
central de Fukushima, a operadora Tepco não consegue impedir os vazamentos
de água radiativa em direção do Pacífico.
Essas praias reabrem no momento em que o Japão passa por uma
onda de calor qualificada de “grande perigo para a saúde” pela agência nacional
de meteorologia. Cerca de 30 pessoas já morreram e o governo promete um balanço
oficial de vítimas fatais até o final da semana. A temperatura em Tóquio
ultrapassa 40°C à sombra, com um índice de umidade de 80%, uma combinação
inédita desde o início das estatísticas meteorológicas, há 130 anos.
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Região foi atingida por terremoto e tsunami em março de 2011 (Foto: Wikimedia Commons)
Jogos Olímpicos
Contra o parecer de especialistas, os organizadores dos Jogos Olímpicos de
Tóquio de 2020 estimam poder limitar os riscos para a saúde dos atletas. A
Olimpíada na capital japonesa acontece de 24 de julho a 9 de agosto de 2020.
Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9,1
provocou um tsunami que deixou mais de 18.500 mortos e um grave
acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi, o segundo mais grave do mundo
depois de Chernobil. Uma parte da região continua inabitável.