Acabou hoje (8) a greve de fome do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que havia sido iniciada há seis dias. Ledezma pedia que o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Inzulsa, avaliasse suas denúncias a respeito do governo venezuelano.
A esposa de Ledezma, Mitzi Capriles, disse que a decisão foi tomada após o prefeito ter algumas de suas exigências atendidas, dentre elas, o compromisso de Insulza de receber uma delegação de governadores e prefeitos oposicionistas ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, para que lhe expusessem as supostas “violações constitucionais” que alegam ter sido feitas pelo governo.O prefeito disse ter conversado “em particular” com o secretário-geral por telefone.
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Mitzi declarou a jornalistas que a situação de saúde do prefeito é precária. Ledezma foi levado a uma clínica urológica para receber cuidados médicos.
Motivo da greve
Segundo Ledezma, a greve de fome que havia começado na última sexta-feira era uma tentativa de chamar a atenção internacional para a situação da prefeitura de Caracas.Um dos principais opositores de Chávez, o político critica a nomeação da ex-ministra Jacqueline Farías para o cargo de chefe de governo do Distrito Capital.
A nova função, criada em abril pela Assembleia Nacional, é hierarquicamente superior ao governo distrital e aos cinco municípios que formam Caracas, dos quais quatro estão sob prefeitos da oposição, eleitos em 23 de novembro.
Segundo Ledezma, seu governo perderia 90% do Orçamento, correspondente aos recursos federais, e 40 mil dos 43 mil funcionários do governo distrital.
“Estou pedindo que a OEA faça cumprir a Carta Democrática Interamericana”, declarou Ledezma no terceiro dia da greve, que teve aderência de doze funcionários da prefeitura metropolitana de Caracas.
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