WikiCommons
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, conseguiu se livrar nesta quinta-feira (09/08) de uma moção de censura apresentada por uma coalizão de partidos minoritários. Ele agora recuperou capital político suficiente no Parlamento para tentar aprovar um aumento da carga tributária que incide sobre o consumo final de bens e serviços no país.
Aliados do centro e bancadas de esquerda reuniram 246 deputados para rejeitar a moção enquanto a oposição conquistou o apoio de apenas 86. Caso fosse aprovada, Noda seria obrigado a optar entre a renúncia ou a convocação de novas eleições.
Durante a votação, a base oposicionista se fragilizou com a ausência de seu maior partido, o direitista PLD (Partido Liberal Democrata). Contudo, para que essa articulação ocorresse, Noda foi obrigado a aceitar a convocação de novas eleições para “um futuro próximo”. Embora tenha revelado esse compromisso publicamente, evitou fornecer quaisquer datas específicas para a formação de um novo parlamento.
A nova lei tributária prevê um aumento gradativo do volume de impostos sobre o consumo. Hoje, esse percentual equivale a 5%, mas o objetivo de Noda é elevá-lo para 8% até abril de 2014 e para 10% até outubro de 2015.
O argumento do majoritário Partido Democrático do Japão é de que esta é a única forma de garantir as pensões de uma população cada vez mais idosa e, ao mesmo tempo, conter o avanço de um déficit público que ultrapassa os 200% do PIB (produto interno bruto).
NULL
NULL