Sábado, 14 de junho de 2025
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta sexta-feira (06/09) que haverá um cessar-fogo imediato no país se for fechado um acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) pelo fim do conflito armado. “Assim que chegarmos a alguns acordos, haverá imediatamente um cessar-fogo e entraremos na terceira fase, a de implementação dos acordos”, disse Santos, em entrevista à Rádio Blu, emissora colombiana.

Segundo ele, tão logo termine essa fase de negociação, iniciada em novembro do ano passado, e uma vez fechados os acordos, os guerrilheiros das FARC deixariam as armas e seria iniciado o processo de reintegração e de cumprimento destes acordos. “Na verdade, a entrega das armas é parte da negociação, mas tenham absoluta certeza de que isso acontecerá, porque é parte do processo.”

Agência Efe
Juan Manuel Santos (centro) foi entrevistado nesta sexta-feira (06/09) por rádio colombiana

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Na entrevista, Santos voltou a defender a realização do referendo sobre o processo de paz. De acordo com o presidente, a população colombiana é quem deve decidir se quer que os acordos sejam cumpridos tal qual foram acertados pela mesa negociadora em Havana, capital cubana.

Em entrevista a radio do país, Juan Manuel Santos defendeu referendo sobre processo de paz

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A proposta de um referendo no mesmo dia das eleições presidenciais, previstas para maio, não foi bem recebida pelas FARC, que consideraram a ideia “oportunista” e “condicionante”, se realmente for realizado no período eleitoral. Os negociadores chegaram a interromper por alguns dias as negociações, para analisar o tema, mas retomaram as conversações, com a ressalva de que não concordavam com a proposta do governo.

As FARC propuseram a realização de uma assembleia constituinte, mas os negociadores do governo rejeitaram a ideia, sob a justificativa de que o tema não está no rol dos assuntos predeterminados para discussão entre as partes.

A guerrilha também havia proposto, desde o início, um cessar-fogo bilateral e chegou a fazer uma trégua, entre novembro e janeiro. O governo, no entanto, decidiu manter as operações militares enquanto as negociações estão sendo conduzidas.