O presidente da Suprema Corte de Justiça da Bolívia, Julio Ortiz, renunciou nesta sexta-feira (12/11), após ser desconhecido por oito dos dez ministros da máxima instância do Poder Judiciário do país.
Na carta com o pedido de demissão, Ortiz dizia ter tomado a decisão “com o fim de evitar maiores injúrias” contra sua “dignidade” e com o propósito de “velar pelo respeito à institucionalidade da Corte Suprema”.
A corte, com sede em Sucre, capital oficial da Bolívia, é o terceiro poder do Estado e, portanto, seu titular é a terceira autoridade nacional, apenas depois do vice-presidente, que é o segundo em sua condição de presidente do Congresso, e do chefe de governo do país.
Leia também:
Presidente de Kosovo renuncia ao cargo
Chefe da polícia do Equador renuncia a cargo e condena rebelião nacional
Após a crise política de 2005, que obrigou Carlos Mesa a renunciar e impossibilitou a posse de Hormando Vaca Diez à presidência do Congresso, o Executivo da Bolívia foi parar nas mãos do titular da Suprema Corte, Eduardo Rodríguez, que convocou eleições e entregou a faixa presidencial a Evo Morales.
Há três meses, Ortiz foi acusado de “abuso trabalhista” por uma funcionária que ele demitiu, mas a corte, à qual correspondem todas as decisões do máximo órgão, ordenou o retorno da mulher ao trabalho.
Após a renúncia, o magistrado ainda disse ter saído por “razões de caráter institucional”. Ele foi nomeado ministro há seis anos e assumiu a presidência em fevereiro passado, ao ser escolhido por unanimidade. O posto é ocupado interinamente por Beatriz Sandoval.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL