O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse que dará aos negociadores como prazo até o primeiro minuto de domingo para chegar a um acordo que o restitua ao cargo. Ele disse esperar que os “golpistas” deem “uma mensagem”, se não, reafirmou, considerará que, “neste momento”, o processo de diálogo “fracassou”.
Além disso, disse que não aceitará uma solução que recompense o governo golpista de Roberto Micheletti, em referência a uma proposta do governante da Costa Rica, Óscar Arias, de formar um Executivo de união no país. “Não conheço em detalhes a proposta (de Arias), mas se diz que haverá prêmios para os golpistas, desde já digo que não posso aceitar”, disse Zelaya em entrevista coletiva.
Zelaya disse que nunca dará um “cheque em branco aos golpistas” e que seria uma “aberração” conceder ministérios a pessoas aliadas a Micheletti. O líder deposto reiterou que os “golpistas” devem ser levados aos tribunais de justiça do mundo, e não ser “premiados” com cargos.
“Amanhã (hoje, 18), esperamos que depois das primeiras 24 horas pedidas pelo mediador (Óscar Arias), depois das próximas 48 horas, 72 horas e agora mais de 200 horas, mais de dez dias de espera, deem um sinal”, afirmou.
Zelaya assegurou que voltará a seu país “mas não vai dar aos golpistas nem a data, nem a hora, nem o lugar, o se vai pela terra, pelo ar ou pelo mar, porque estão matando gente”.
OEA
Zelaya reiterou que seu único pedido nesse processo de diálogo é que os “golpistas” cumpram as resoluções da OEA (Organização dos Estados Americanos) e das Nações Unidas, que ordenam que o presidente seja restituído imediatamente na Presidência. “Até o momento, não houve um só gesto deles, no sentido de que vão se submeter a essa resolução”, afirmou.
Zelaya defendeu também o apoio de “solidariedade expressa, não de forças, nem de armas” dado pelo governante venezuelano, Hugo Chávez, assim como por outros líderes da região.
O presidente deposto aproveitou para defender a Administração de Barack Obama, que, disse, “se comportou como deve se comportar” após o golpe de Estado realizado em 28 de junho.
No entanto, observou que os “setores mais sombrios” dos Estados Unidos apoiam o “Governo ilegítimo de Honduras”
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