O presidente chileno, Sebastián Piñera, afirmou hoje que as relações de seu país com o Peru não podem ser afetadas pelo processo apresentado por Lima contra Santiago no Tribunal Internacional de Justiça, com sede em Haia.
“Não podemos deixar que o tema de Haia imobilize as relações entre Chile e Peru”, afirmou Piñera, que participa da reunião do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec) em Yokohama, Japão.
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“Temos uma grande agenda conjunta pela frente e devemos olhar juntos à cooperação Ásia-Pacífico, fazer uma melhor integração, tanto em infraestrutura quanto em energia e, sobretudo, fazer que o Chile e o Peru olhem o futuro como países amigos”, enfatizou.
Piñera se encontrou no Japão com seu homólogo peruano, Alan García, que também participa das discussões locais. Ambos terão ainda uma reunião no próximo dia 25, na capital peruana, quando o chileno realizará uma visita oficial ao país vizinho.
Sebastián Piñera disse ainda que, após ler a réplica apresentada pelo Peru na terça-feira passada aos magistrados da Holanda, está “mais convencido” de que a posição chilena será respaldada pela instância jurídica internacional.
“Estamos mais convencidos do que nunca, depois de ler a réplica peruana, que o direito internacional, os tratados internacionais, a jurisprudência durante mais de 50 anos, validam e respaldam a posição chilena”, concluiu.
Há mais de dois anos, o Peru apresentou a ação pedindo uma nova delimitação bilateral com o país vizinho, a partir de uma linha equidistante das costas dos dois países e não paralela sobre as águas do Pacífico, como é atualmente.
Por sua vez, o Chile argumenta que a fronteira já foi definida em tratados assinados pelos dois países na década de 1950, com a assinatura também do Equador. Espera-se um resultado do julgamento em Haia para o ano de 2012.
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