Presidente do Peru convoca eleições gerais para abril de 2026
Mandatária Dina Boluarte recordou que, após o próximo pleito, Congresso voltará a ser bicameral, recriando o Senado, que foi extinto em 1992 pelo então ditador Fujimori
A presidente do Peru, Dina Boluarte, anunciou nesta terça-feira (25/03) a convocação de eleições gerais no país, determinando o dia 12 de abril de 2026 como a data para realizar o primeiro turno da disputa presidencial, justo com as eleições legislativas.
A principal novidade do pleito estará na disputa das vagas para o Congresso, que funciona atualmente em um modelo unicameral e que passará a ser bicameral.
Portanto, os eleitores deverão ir às urnas para renovar a totalidade das 130 vagas da Câmara dos Deputados, e escolher os primeiros 60 representantes do novo Senado peruano, que voltará a funcionar 24 anos depois da sua extinção, a partir da Constituição imposta em 1992 pelo então ditador Alberto Fujimori (1990-2000) meses após de realizar o autogolpe que prorrogou seu mandato presidencial.
No caso da eleição presidencial, a presidente disse que sua gestão garantirá “absoluta neutralidade” no processo, mas não mencionou se será ou não candidata à reeleição.
Dina Boluarte foi eleita vice-presidente do Peru em junho de 2021, mas assumiu a Presidência do país em dezembro de 2022, após o então presidente Pedro Castillo ser destituído por decisão do Congresso, situação que aconteceu horas depois de uma tentativa de autogolpe que fracassou.

Dina Boluarte anunciou a data das eleições gerais do Peru em pronunciamente transmitido em rede nacional
Apesar das pressões para que antecipasse as eleições após a queda de Castillo, Boluarte garante, com o anúncio desta terça-feira, o cumprimento do cronograma eleitoral do país, que prevê eleições gerais a cada cinco anos – e o último processo eleitoral ocorreu justamente entre abril e junho de 2021.
‘Encontro com a história’
Em pronunciamento transmitido em rede nacional, Boluarte disse que o país “terá um novo encontro com a história”, em uma eleição que incluirá deputados e senadores, no retorno ao bicameralismo.
“O governo que lidero está comprometido em fazer com que os resultados deste processo eleitoral sejam inquestionáveis e reflitam plenamente a vontade popular expressa nas urnas”, ressaltou.
A mandatária afirmou que “queremos uma campanha baseada em propostas que garantam crescimento, justiça social e desenvolvimento”.
Com informações do La República.
