A presidente do México, Claudia Sheinbaum, desmentiu a informação divulgada pelo mandatário eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o governo do país latino fecharia a fronteira entre as duas nações.
Sheinbaum e Trump conversaram por telefone na noite da última quarta-feira (27/11) e apresentaram relatos distintos sobre o teor do diálogo.
Em sua própria rede social, a Truth, o republicano disse ter tido uma “conversa maravilhosa” com a líder mexicana, que “concordou em bloquear a imigração rumo aos Estados Unidos, efetivamente fechando a fronteira sul”.
“O México vai impedir pessoas de irem para nossa fronteira sul, com efeito imediato. Isso ajudará muito a frear a invasão ilegal nos EUA. Obrigado!”, escreveu Trump.
Sheinbaum, no entanto, usou o X para negar a intenção de fechar a fronteira. “Em nossa conversa com o presidente Trump, expus a estratégia do México para responder ao fenômeno migratório, respeitando os direitos humanos”, declarou a mandatária.
“Graça a isso, as pessoas migrantes e as caravanas são atendidas antes de chegar à fronteira. Reiteramos que a postura do México não é a de fechar fronteiras, e sim de construir pontes entre governos e povos”, acrescentou.
Assim como em 2016, Trump foi eleito pela segunda vez em 2024 afirmando em campanha dar fim à imigração nos Estados Unidos, falando em um plano de deportação em massa.
Ele, inclusive, anunciou Tom Homan como o novo diretor da Agência de Imigração e Alfândega do país (ICE) em seu segundo governo, definindo o indicado como “czar das fronteiras”, apontando que ele terá total autoridade no comando do órgão.
Homan já ocupou o cargo entre janeiro de 2017 e junho de 2018, na primeira gestão do magnata republicano, e é um dos maiores defensores da deportação em massa de imigrantes em situação irregular.
(*) Com Ansa.