O primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki pediu neste sábado (14/06) à população do Iraque que pegue em armas e defenda a nação, em pronunciamento que foi ao ar na televisão estatal. “Nós não somos sectaristas, vamos lutar como uma nação”, afirmou Maliki. O pedido reitera o anúncio feito na sexta-feira (13/06) pelo máximo clérigo iraquiano, aiatolá Ali al Sistani, em relação ao plano para defender Bagdá dos Jihadistas.
O discurso foi gravado na sexta na cidade de Samarra, onde o primeiro-ministro conversou com oficiais iraquianos e anunciou que um grupo de voluntários está chegando para ajudar a derrotar os insurgentes. “Durante as próximas horas, todos os voluntários irão chegar para dar suporte às forças de segurança”, afirmou, dizendo que “esse é o começo do fim deles (sunitas) ”.
Agência Efe
Soldados iraquianos transportam voluntários na base de Muthanna, em Bagdá
Grupos sunitas liderados pelo EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante) intensificaram os ataques em cidades do norte do país, como Mossul, Tikrit e Kirkut nos últimos meses, deixando centenas de mortos desde o início do ano.
“Nós iremos falar a língua da justiça, a língua da liberdade, vamos falar a língua de todos os iraquianos, independentemente de sua seita”, disse Maliki.
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Agência Efe
Presidente iraniano discursa sobre defesa do Iraque durante conferência de Imprensa
Irã
O presidente iraniano Hassan Rouhani disse na sexta que o Irã está pronto para ajudar o governo iraquiano em sua batalha contra os insurgentes sunitas. “Se o governo iraquiano nos pedir ajuda, nós podemos providenciar qualquer assistência que a nação iraquiana precisar na luta contra o terrorismo”, disse.
O governo do Irã é próximo à liderança xiita no Iraque. O atual governo iraquiano tomou o poder após a queda de Saddam Hussein, cujo apoio vinha da minoria sunita do país. Na manhã deste sábado, uma emissora de tv estatal iraquiana informou que Ahmed Izzat al-Douri, filho do ex-vice-presidente do governo de Saddam Hussein, foi morto pelo exército iraquiano durante um bombardeio na cidade de Tikrit. Ahmed estaria reunido com membros do EIIL quando foi morto.
No ataque morreram pelo menos outras 50 pessoas. A aeronáutica iraquiana atacou outras duas mesquitas ao norte de Bagdá, deixando outras 33 pessoas mortas. Grande parte das vítimas eram membros do Exército iraquiano que estavam sob custódia do EIIL.
Na manhã de hoje, 12 imames (pregadores do islamismo) foram executados pelo EIIL na cidade de Mossul, ao norte do Iraque, em frente à uma mesquita. De acordo com uma fonte do Ministério do Interior iraquiano, os religiosos foram assassinados após se recusarem a jurar lealdade ao EIIL.
Mapa mostra áreas dominadas por insurgentes no Iraque: