A procuradoria da Coreia do Sul acusou a presidente afastada do país, Park Geun-hye, de se aliar à amiga e confidente Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, para obter subornos da Samsung e outras empresas, anunciou nesta segunda-feira (06/03) a equipe de investigadores.
Os investigadores afirmaram que Park e Choi decidiram de comum acordo pressionar a Samsung e outros grandes conglomerados empresariais sul-coreanos para que realizassem doações a organizações vinculadas à “Rasputina”, em troca de um tratamento favorável das autoridades, afirmaram em comunicado.
A apuração do caso levou três meses para ficar pronta e será levada em conta pelo Tribunal Constitucional do país, que vai definir nos próximos dias se Park sairá definitivamente do cargo.
Além disso, os procuradores concluíram que a presidente estava ciente da criação de uma lista negra de quase 10.000 artistas e profissionais do mundo da cultura críticos ao governo, concebida com o objetivo de cortar suas vias de financiamento público e privado.
As conclusões da procuradoria apontam Park como suspeita dos crimes de suborno, tráfico de influência e abuso de poder, entre outros, dentro da ampla trama de corrupção do caso “Rasputina”.
Agência Efe
Park agiu para obter propina da Samsung, dizem investigadores
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Park conta com imunidade legal devido ao fato de ainda ocupar formalmente o cargo de presidente do país, embora tenha sido afastada de suas funções quando o parlamento sul-coreano aprovou sua destituição em dezembro do ano passado.
A equipe independente de investigadores tentou repetidamente interrogar a presidente para esclarecer mais detalhes sobre a trama, mas Park evitou comparecer ao fazer uso de sua imunidade legal.
Samsung
Os investigadores enviaram suas conclusões à procuradoria estatal para continuar com a instrução sobre o caso, no qual estão envolvidas 30 pessoas, entre elas o herdeiro e líder de facto do conglomerado Samsung Group, Lee Jae-yong.
Lee, que permanece detido desde 17 de fevereiro, será julgado junto a outros quatro altos executivos da empresa pelas acusações de suborno e outros delitos como desvio e ocultação de ativos no exterior.
A procuradoria deve continuar com sua investigação para aprofundar nas conexões entre vários assessores da equipe de Park e outras grandes corporações sul-coreanas.
(*) Com Efe