O Ministério Público do Egito ordenou nesta quinta-feira (04/07) a detenção dos principais líderes da Irmandade Muçulmana. A acusação é que opositores ao golpe militar que destituiu Mohamed Mursi “instigaram o assassinato de manifestantes que protestavam de maneira pacífica”. No documento emitido na manhã de hoje, o nome de Mursi também aparece na lista dos líderes a serem presos.
Agência Efe
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Segundo a agência egípcia Mena, o promotor Ahmed Ezzeldin disse que foi comprovado a veracidade dos depoimentos que indicam que um dos dirigentes da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, e seu braço-direito, Jairat al Shater, incitaram o assassinato de manifestantes que protestavam em frente à sede do grupo no Cairo.
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Não há informações oficiais sobre o paradeiro de Mursi. A única informação oficial é que ele está preso na condição de “cárcere domiciliar”. As Forças Armadas começaram ontem à noite a prender dirigentes da Irmandade Muçulmana, como o presidente do braço político do grupo, o PLJ (Partido Liberdade e Justiça), Saad Katatni.
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O segundo líder espiritual das Irmandade, Mohammed Rachad Bayumi, também foi detido e levado junto com Katani para uma prisão nos arredores do Cairo, segundo a agência Mena.
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As Forças Armadas do Egito, por meio do general Abdel Fattah el-Sisi, anunciaram ontem que Mohamed Mursi não é mais o presidente do país. Foi anunciado também que haverá um governo de transição, comandado por Maher El-Beheiry, presidente do Tribunal Constitucional, e responsável pela convocação de novas eleições, que serão antecipadas.
A Constituição do Egito foi suspensa e os militares apoiarão o governo interino até que as novas eleições sejam realizadas, disse Sisi. Ele acrescentou que o Exército não quer tomar o poder, mas apenas auxiliar o povo, que pedia ajuda. Após o término do anúncio, milhares de pessoas começaram a comemorar na Praça Tahrir pela saída de Mursi do poder.
(*) Com informações de agências internacionais