A Coreia do Norte afirmou nesta terça-feira (23/11) que foram os militares da Coreia do Sul que iniciaram a troca de disparos de artilharia, provocando a resposta norte-coreana, e não o contrário, como disse o governo de Seul. Dois soldados sul-coreanos morreram e ao menos 20 pessoas, entre civis e militares, ficaram feridos no incidente.
“Apesar dos avisos, a Coreia do Sul disparou dezenas de vezes. Nós tomamos fortes medidas militares imediatamente”, informou a KCNA, agência oficial de notícia de Pyongyang, por meio de comunicado.
No texto, Pyongyang alerta Seul que os militares norte-coreanos seguirão disparando caso o país viole seu espaço marítimo, mesmo que seja “por um milímetro”. O Supremo Comando Militar de Pyongyang disse que lançará “ataques de mísseis para retaliar sem piedade” as ações sul-coreanas.
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Versão de Seul
A Coreia do Norte teria disparado hoje diversos foguetes contra a ilha Yeonpyeong, no Mar Amarelo, provocando pelo menos um morto e 13 feridos entre fuzileiros sul-coreanos ali estacionados, segundo as autoridades de Seul.
O exército sul-coreano respondeu aos disparos, anunciou o Ministério da Defesa de Seul, que colocou as tropas em estado de alerta máximo. “Uma unidade de artilharia norte-coreana disparou tiros de provocação às 14:34 locais e as tropas sul-coreanas replicou de imediato”, disse à um porta-voz do Ministério da Defesa em Seul. O exército sul-coreano deu ordem a aviões de combate para sobrevoarem a ilha, noticiou a YHP.
Um habitante da ilha atacada, citado pela mesma cadeia de televisão, disse que cerca de 50 foguetes atingiram a ilha provocando estragos em habitações.
“Pelo menos 10 casas ficaram em chamas. Deram-nos ordem por altofalante para abandonarmos as casas”, disse outro habitante da ilha, localizada em uma zona disputada pelas duas Coreias onde se verificaram outros incidentes no passado.
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