Pyongyang avisa que exercícios da Coreia do Sul com EUA podem provocar guerra
Pyongyang avisa que exercícios da Coreia do Sul com EUA podem provocar guerra
“A situação na península coreana está próxima da guerra por causa dos planos irresponsáveis daqueles que, sempre prontos para carregar o gatilho, farão exercícios de guerra contra a Coreia do Norte”, dizia mensagem do governo norte-coreano nesta sexta-feira (26/11) divulgada pela agência oficial do país, a KCNA. Daqui a dois dias, terão início as manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e Estados Unidos no Mar Amarelo, uma “resposta” à troca de disparos na terça-feira (23/11) entre o Sul e o Norte.
Mantendo que os disparos feitos há três dias contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong – em que morreram quatro pessoas (dois marinheiros e dois civis) – foram em resposta a tiros da Coreia do Sul em águas norte-coreanas, Pyongyang reiterou que “o Exército e o povo estão agora profundamente enfurecidos com as provocações dos fantoches [em referência a Seul] e, ao mesmo tempo, totalmente preparados para lançar uma chuva de fogo mortal e fazer explodir os inimigos, se ousarem violar de novo a dignidade e soberania da Coreia do Norte, por pouco que seja”.
Na terça-feira um militar sul-coreano reconheceu que a Coreia do Sul
estava realizando exercícios militares e testes balísticos na ilha de
Yeonpyeong antes do bombardeio da Coreia do Norte. “Estávamos realizando
regularmente exercícios militares, mas nossos tiros foram direcionadas
para o oeste, nao para o norte”, afirmou um oficial militar sul-coreano
ao escritório da agência de notícias britânica Reuters em Seul.
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Diálogo
A China, aliado da Coreia do Norte na região, insistiu na necessidade de retomar as conversações a seis sobre o programa nuclear norte-coreano (envolvendo as duas Coreias, China, Japão, Estados Unidos e Rússia), para diminuir a tensão crescente.
Ontem, a China, afirmou estar preocupada com os exercícios dos Estados Unidos e Coreia do Sul no Mar Amarelo. “Notamos os relatos relevantes e expressamos nossa preocupação a respeito”, disse Hong Lei, porta-voz da Chancelaria chinesa, a jornalistas. Ele não fez críticas diretas ao exercício EUA-Coreia do Sul, mas insistiu na “preocupação” do governo chinês a respeito deles.
Meses atrás, a China já havia manifestado preocupação com atividades navais norte-americanas e sul-coreanas, alertando que elas poderiam afetar a segurança e a estabilidade regionais. Seul e Washington garantiram que seu objetivo era mandar um alerta à Coreia do Norte.
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