Os países em desenvolvimento devem tomar medidas para limitar as emissões de gases causadores do efeito estufa, segundo um rascunho de um acordo da conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP-15), divulgado hoje (11), em Copenhague. Já os países ricos devem se comprometer com metas com força de lei para reduzir as emissões.
O texto prevê também que a temperatura da Terra não suba mais que entre 1,5 e 2 graus Celsius, comparando-se ao níveis anteriores à Era Industrial.
As nações industrializadas devem cortar suas emissões em pelo menos 25% até 2020, comparando-se com os níveis de 1990, com a possibilidade de um corte “na ordem de 30%”, ou mesmo maior.
Por sua vez, os países em desenvolvimento não terão metas específicas com força de lei, mas “devem tomar ações autônomas” para enfrentar o problema. Isso poderia implicar uma redução nas emissões nesses países da ordem de 15% a 30% até 2020, segundo essa versão.
A meta internacional de reduzir as emissões de CO2 para conter a mudança climática “deveria ser baseada no melhor conhecimento científico disponível e apoiada por metas de médio prazo para reduções da emissão, levando em conta responsabilidades históricas”, sustenta o texto, datado de 11 de dezembro.
“As partes devem cooperar para evitar uma mudança climática perigosa (…), reconhecendo que a alta da temperatura média global em relação aos níveis pré-industriais não deve superar (2 graus) (1,5 grau)”, afirma o documento, de sete páginas, e que será utilizado a partir de agora como base das negociações.
A limitação a 1,5 grau é proposta pelos pequenos Estados insulares e por vários países africanos gravemente ameaçados pelo aquecimento global. A outra proposta, de uma limitação do aumento da temperatura a dois graus, é defendida tanto pelos países ricos como pelos grandes emergentes.
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