Os líderes da oposição na Líbia deram nesta terça-feira (30/08) um ultimato às forças leais ao coronel Muamar Kadafi. A oposição ameaça promover uma ofensiva militar se não houver rendição até sábado (03/09). O paradeiro de Kadafi permanece desconhecido e parte da família dele fugiu para a Argélia.

O líder do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, Mustafa Abdul Jalil, disse que o ultimato se aplica a combatentes que continuam lutando na cidade natal de Kadafi, Sirte, e em outras partes da Líbia. ''Não é o que desejamos, mas não podemos mais esperar'', disse ele.

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O anúncio foi feito pouco após o governo da Argélia ter informado que acolheu a mulher de Kadafi e três de seus filhos. Em entrevista em Bengazi, Jalil disse que se não houver uma ''indicação pacífica'' dos aliados de Kadafi até sábado, ''nós decidiremos isso de maneira militar''.

O comandante rebelde disse ainda ter informado a oficiais da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que o CNT não deve precisar de auxílio de tropas estrangeiras para manter a segurança no país. ''Estamos apostando em nossos jovens e estamos certos de que nossa aposta irá vingar'', disse.

Jalil advertiu que Kadafi ainda representa um perigo para a Líbia: ''O perigo que ameaça a revolução e o povo líbio ainda existe. Kadafi tem apoio e tem partidários'', disse o líder do CNT. Há informações não confirmadas de que o presidente líbio possa estar em Sirte ou em Bani Walid, a sudoeste de Trípoli.

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