O grupo que reúne as forças de oposição ao governo da Síria pediu que a ONU (Organização das Nações Unidas) declare a cidade de Homs como “zona de desastre”, após um forte confronto entre os rebeldes e as forças de segurança do presidente Bashar Al Assad.
A declaração permitiria o envio de ajuda humanitária internacional à cidade. O CNS (Conselho Nacional Sírio) também repassou o pedido a organizações de direitos humanos e à Liga Árabe, cujo pacto com o governo da Síria para a interrupção dos atos de violência não surtiu efeitos.
Um dos líderes do CNS, Ahmed Ramadan, disse à agência Efe que as forças leais a Assad atacaram Homs porque a cidade teria se transformado na “capital da revolução popular pacifica no país”. “O regime quer controlar Homs para acabar com o protesto pacífico civilizado nessa cidade”, disse Ramadan.
Nesta segunda-feira (07/11), pelo menos três pessoas morreram em meio a um novo dia de confrontos, informou nesta segunda-feira o Observatório de Direitos Humanos sírio. Uma pessoa morreu em um bairro de Homs e outra na província de Rif Damasco (oeste) atingida por disparos no domingo. Uma menina de 8 anos também foi alvo de disparos.
Desde o início dos protestos na Síria em março, a província de Homs representa um dos principais redutos da oposição a Assad e foi duramente reprimida pelas forças leais ao presidente.
Só no domingo, ao menos 23 pessoas morreram na Síria, 16 delas em Homs, pelos últimos números dos opositores Comitês de Coordenação Local, que se somam aos 3 mil mortes contabilizadas pela ONU desde o início da revolta.
Conforme o Conselho Nacional sírio, as forças leais a Assad continuam bombardeando Homs com artilharia pesada e aviões de guerra e assassinando civis, apesar do recente compromisso do regime para deter a violência em acordo por iniciativa da Liga Árabe.
Na nota, a oposição acusa o regime de dificultar a transferência dos feridos para hospitais da região com a presença de franco-atiradores e de impedir a entrada alimentos e remédios para os mais de 2 milhões de pessoas que vivem nessa cidade.
Diante dessa situação, o CNS exigiu a proteção internacional dos civis, o envio de observadores internacionais para supervisionar a situação no território e o julgamento dos responsáveis pela violência no Tribunal Penal Internacional.
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