Refugiados sírios já são 25% da população do Líbano e custam US$ 4,5 bilhões (R$ 10 bi) anualmente. O dado foi divulgado nesta terça-feira (10/06) pelo Banco Central libanês.
“Apesar de nosso pesar pelo seu sofrimento, eles representam um peso para o Líbano, para a sua economia e para sua estabilidade social”, afirmou o presidente do órgão, Riad Salamé, segundo a AFP.
Efe (arquivo)
Refugiados sírios se abrigam em barracas montadas no acampamento de Reyhanli, em Antakya, na Turquia
O Líbano, um país de 4 milhões de habitantes, já acolheu mais de um milhão de pessoas que fugiram da guerra civil que, até agora, matou mais de 160 mil pessoas e que se arrasta há três anos entre os grupos de oposição e as forças leais a Bashar al Assad. A partir de um estudo do Banco Mundial, Salamé indica que apesar de ter havido uma melhora do comércio interno, os gastos com acolhimento não “compensam”. “O custo dos refugiados é uma responsabilidade que não deve ser assumida unicamente pelo Líbano”, ressaltou o presidente.
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Divulgado no fim de maio, um estudo realizado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) aponta que quase metade da população (45%) fugiu de sua residência desde o início da guerra civil. Consequentemente, pelo menos 2,35 milhões deixaram a Síria como refugiados, enquanto 1,54 milhão de sírios vivem em outro país na condição de imigrantes não refugiados.
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Coletados entre julho e dezembro de 2013, os dados revelam que a Síria é afetada por um desemprego que atinge 54,3% da população ativa, com 3,39 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Destas, 2,67 milhões perderam seus empregos durante o conflito. Em maio, o FMI (Fundo Monetário Internacional) estimou que o desemprego dobrou no Líbano, afetando assim cerca de 20% da população ativa, em virtude da guerra civil na Síria.