O olhar sobre a relação entre os países e suas mandatárias deve considerar também as eleições presidenciais argentinas previstas para o final deste ano. Até o momento, as principais pesquisas indicam que Cristina Kirchner tem grandes possibilidades de ser reconduzida ao cargo para mais um mandato.
Para Carlos Eduardo Vidigal, professor da UnB, uma mudança substancial no cenário político argentino é pouco provável, devido ao bom desempenho da economia sob a gestão de Cristina e à fragmentação política da oposição.
Para ele, as perspectivas nas relações entre os dois países “são positivas e provavelmente haverá um crescimento do intercâmbio bilateral ainda maior”.
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Mas, para Igor Fuser, professor da Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, o futuro do Mercosul se verá ameaçado no caso de uma vitória das elites conservadoras: “Assim como poderia acontecer no Brasil, em 2010, a direita no poder colocaria em risco as possibilidades de aprofundamento da integração econômica, política e social no Cone Sul”, explica.
O argentino Félix Peña, especialista na integração econômica da região, avalia que os laços estabelecidos entre Brasil e Argentina são valorizados por todos os setores políticos e econômicos do país.
“Neste sentido, não vejo a possibilidade de uma mudança no rumo tomado desde os acordos bilaterais dos anos 80 e a criação do Mercosul. Claro que é necessário continuar trabalhando muito para construir uma relação profunda, diversificada, equilibrada e de ganhos mútuos”, diz.
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