Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
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A repressão à manifestação de quarta-feira (15/10) em Lima contra o governo e o Congresso peruanos resultou em pelo menos uma morte, de acordo com a Defensoria do Povo, que também registrou mais de 100 feridos, incluindo 24 manifestantes, e dez detidos.

Conforme relatado pelo correspondente da teleSUR, Jaime Herrera, o falecido foi identificado como Mauricio Ruiz Sanz, que teria sido morto por um policial à paisana do grupo conhecido como Terna.

A deputada Ruth Luque informou ao jornalista que Ruiz Sanz, de 32 anos, foi atingido pela polícia com um tiro no peito.

A morte de Mauricio Ruiz Sanz também foi confirmada pela Coordenação Nacional de Direitos Humanos (CNDDHH), que expressou sua “profunda indignação e solidariedade à sua família”.

“Exigimos uma investigação imediata, completa e independente para esclarecer os fatos e determinar a responsabilização”, declarou a organização não governamental.

Jovem de 32 anos foi baleado no peito por policial à paisana, confirmam entidades de direitos humanos

Jovem de 32 anos foi baleado no peito por policial à paisana, confirmam entidades de direitos humanos
@Defensoria_Peru / @JaimeHerreraCaj / X

A mídia local informou que o cantor de hip-hop foi levado para o Hospital Loayza, no centro da capital peruana, onde seu óbito foi confirmado minutos depois.

Ruiz estava entre os milhares de pessoas que foram às ruas para protestar contra o governo e o Congresso, motivados pela corrupção e pela crescente insegurança, agravadas pela expansão do crime organizado no país.

Os manifestantes também se mobilizaram contra a ascensão de José Jerí à presidência, após a destituição de Dina Boluarte da liderança do país andino.

Segundo a Defensoria do Povo, o incidente ocorreu por volta das 23h30 (horário local) próximo à Plaza Francia, no centro de Lima, onde o protesto prosseguiu até ser dispersado por um grupo de policiais que lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

A manifestação de quarta-feira, que se repetiu em várias cidades do país, foi a maior dos últimos anos, após a onda de protestos que eclodiu no Peru exigindo novas eleições desde a chegada de Boluarte ao poder.

(*) com teleSUR