Efe
O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Mitt Romney escolheu o legislador do Wisconsin Paul Ryan, inimigo dos gastos públicos e apoiado pelo movimento conservador Tea Party, como seu candidato a vice-presidente, anunciou neste sábado (11/08) sua campanha através de um aplicativo para tablets e smartphones.
A especulação em torno do nome de Ryan já era grande. Os nomes de vários potenciais aspirantes a vice foram levantados essa semana, entre eles o do ex-governador de Minnesota Tim Pawlenty e o do senador Rob Portman, de Ohio.
Com a escolha de Ryan, Romney parece ter escolhido agradar a ala mais conservadora do Partido Republicano, hesitante e pouco entusiasmada com o pré-candidato à Presidência.
Depois de trabalhar em 1996 para o candidato republicano à vice-presidência Jack Kemp, Ryan foi eleito para o Congresso pela primeira vez em 1998, aos 28 anos. Em 2004 ganhou fama pelos esforços para privatizar o programa de aposentadorias do governo.
Com 42 anos, ele já tem sete mandatos como congressista e vem de um estado de maior democrata, onde as pesquisas de intenção de voto dão 51% a Obama contra 45% para Romney.
O político é católico praticante e diz que o que aprendeu com a igreja tem reflexo nas políticas que defende. Romney é mórmon e essa é uma das razões de alguma desconfiança entre a base republicana.
O jornal The Washington Post afirma que a escolha de Ryan para acompanhar Romney deixa os eleitores com uma escolha mais clara e mais radical entre como resolver questões de gastos e de impostos: Ryan defende a redução da dívida sem aumentar os impostos, “alterando radicalmente a relação dos norte-americanos com o governo”, escreve o jornal.
Como líder do Comitê do Orçamento da Câmara de Representantes, Ryan pode ajudar a dar força ao argumento de que os republicanos sabem como lidar com um país numa crise econômica. Outro lado da escolha de Ryan é que ele é um vice que traz um ponto de vista e uma contribuição política, deixando de ser uma figura mais decorativa.
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