Domingo, 22 de junho de 2025
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Após recuperação verificada na quarta-feira (17/12), o rublo voltou a cair nesta quinta-feira (18/12) como resultado das declarações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que apoiou a atuação do Banco Central diante da queda da moeda do país. Em coletiva de imprensa anual, o líder russo assegurou que em dois anos, “nas circunstâncias mais desfavoráveis”, a economia russa sairá da atual crise econômica.  

Agência Efe

Putin afirmou que queda do rublo não afetará população do país

Durante a abertura do mercado nesta quinta (18/12), a cotação era de 60 rublos por dólar. Após as declarações do mandatário, a moeda caiu para 64 rublos por dólar. Desde o início do ano, a moeda já perdeu quase 60% do valor em relação ao dólar.

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O mandatário atribuiu a crise atravessada pelo país a fatores externos, como a forte queda do preço do petróleo. “Nossa economia sairá de sua situação atual. Quanto tempo levará? Nas circunstâncias mais desfavoráveis, acredito, dois anos”, afirmou diante de centenas de jornalistas russos e estrangeiros.

Apesar de creditar a desvalorização do rublo e da bolsa russa à queda do petróleo, Putin reconheceu que a Rússia não deu os passos necessários para “diversificar sua economia”, altamente dependente das exportações de hidrocarbonetos.

O chefe do Kremlin assegurou, no entanto, que a saída da crise e posterior crescimento da economia russa são “inevitáveis” e poderiam acontecer inclusive antes de dois anos.

Presidente russo reconheceu que país não deu passos necessários para "diversificar economia", dependente das exportações de hidrocarbonetos

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“A conjuntura econômica mudará e com o crescimento da economia mundial recursos energéticos adicionais serão requeridos”, disse Putin, que ao mesmo tempo não descartou a possibilidade de que o preço do petróleo continue caindo.

Putin aproveitou para criticar os parceiros ocidentais e classificou o sistema de defesa antimíssil como o maior problema das relações internacionais atualmente: “o sistema de defesa antimíssil junto das nossas fronteiras não será um muro? Ninguém parou. É nisso que consiste o maior problema das relações internacionais do dia de hoje – os nossos parceiros não pararam, acharam que eles são vencedores, que eles são agora um império e que tudo o resto são vassalos nos quais se deve exercer mais pressão”, disse Putin.

“É nisso que consiste o problema – não pararam de construir muros apesar de todas as nossas tentativas e gestos de trabalhar em conjunto sem quaisquer linhas divisórias na Europa e no mundo em geral”, acrescentou.

*com informações da agência Efe