O governo da Rússia acusou a Ucrânia nesta segunda-feira (13/01) de “terrorismo energético” após o país ter atacado um posto de distribuição de gás do gasoduto TurkStream, atualmente a única rota disponível para Moscou fornecer o recurso à Europa.
De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa do país, Kiev não teve sucesso na ofensiva com drones, e a atividade prossegue regularmente.
“Em 11 de janeiro, o regime de Kiev, para interromper o fornecimento de gás aos países europeus, tentou atacar com nove drones aéreos a infraestrutura da estação de compressão Russkaya, no vilarejo de Gaikodzor, região de Krasnodar, que fornece gás através do gasoduto TurkStream”, disse a nota.
A pasta também informou que todos os drones foram abatidos, sem deixar mortos ou feridos.
“Os fragmentos da queda foram prontamente eliminados pelas equipes de resposta a emergências da Gazprom […]. A estação de compressão segue fornecendo gás para o gasoduto TurkStream de forma normal. Não houve interrupções”, acrescentou.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou o ataque ucraniano como uma “contínua linha de terrorismo energético que Kiev vem promovendo há muito tempo, sob a curadoria de seus amigos no exterior”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, durante a cerimônia que marcou a conclusão da seção offshore do gasoduto TurkStream, em 2018
O gasoduto tem sido a única alternativa para exportações da commodity depois que Kiev não renovou, em 1º de janeiro, o acordo que permitia a Moscou enviar gás à Europa pelo território ucraniano.
Com capacidade de 31,5 bilhões de metros cúbicos de gás, o Turkstream, que opera desde 8 de janeiro de 2020, parte da região russa de Krasnodar e atravessa o Mar Negro até chegar à Turquia, onde se une à rede de gasodutos balcânicos que fornece gás a diversos países do sul e sudeste da Europa.
(*) Com Ansa e TASS