Agência Efe
Reunião do Conselho de Segurança nesta quinta-feira (19/07)
A Rússia e a China vetaram resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas pela terceira vez nesta quinta-feira (19/07) por discordarem da introdução do capítulo 7 no texto sobre a Síria. Os recentes acontecimentos no país não mudaram a opinião dos países, aliados de Bashar al Assad.
A proposta, apoiada pelos Estados Unidos, França e Alemanha, renova a missão da ONU no território sírio por 45 dias e ameaça aplicar sanções caso o governo continue utilizando armamento pesado nos próximos 10 dias. A inclusão do capítulo, entretanto, abre precedente para uma possível intervenção militar na Síria, da mesma forma como ocorreu na Líbia.
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A oposição dos países quanto à inclusão do capítulo 7 já era esperada. Durante as negociações sobre o rascunho do texto votado na segunda-feira (16/07), a Rússia se manifestou veementemente contra sua adoção e a China, mesmo mantendo tom circunspecto, seguiu o posicionamento de Moscou.
No início da semana passada, o governo russo apresentou um projeto de resolução que propunha a extensão da missão da ONU no país por mais três meses, mas não incluía ameaças de sanções ao regime de Bashar.
Poderia se esperar, no entanto, que os países repensassem seu posicionamento com a morte de três oficiais do alto escalão do regime por um atentado realizado por forças da oposição na sede da Segurança Nacional nesta quarta-feira (18/07). É a terceira vez, em apenas nove meses, que os países bloqueiam textos do Conselho sobre a Síria.
O embaixador do Reino Unido nas Nações Unidas, Mark Lyall Grant, foi o primeiro diplomata a se manifestar depois da votação e acusou ambos os países de colocarem “seus interesses nacionais à frente da vida de milhões de sírios”.
“A história irá provar que a Rússia e a China estavam erradas e irá julgá-las por isso”, disse o embaixador francês, Gérard Araud, mantendo o tom crítico de seu colega britânico. “Está claro agora que a Rússia apenas quer ganhar tempo para o regime sírio esmagar a oposição”, acrescentou.
A votação que estava marcada para esta quarta-feira (18/07) foi adiada a pedido do Secretário Geral da ONU, Ban Ki Moon.