O presidente francês, Nicolas Sarkozy, assegurou nesta segunda-feira (18/10) que aplicará a reforma da previdência, apesar da oposição, e justificou a intervenção do governo para garantir o abastecimento de combustíveis e evitar enfrentamentos.
“Esta reforma é essencial. A França se comprometeu” a efetuá-la, ressaltou Sarkozy em declarações à imprensa ao término de um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Deauville, antes que o presidente russo, Dmitri Medvedev, se juntasse para um jantar de trabalho.
A “França iniciará essa reforma como nossos amigos alemães fizeram há alguns anos”, disse o chefe do Estado francês, em um contexto de protestos pelo projeto de lei que atrasará a idade de aposentadoria em dois anos.
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Acrescentou que “é perfeitamente normal e natural que surjam inquietações e oposição. É normal, também, e natural que um Governo democrático, em uma democracia parlamentar, se assegure de que os motoristas terão gasolina e de que não haverá enfrentamentos”.
A greve das 12 refinarias do país e o bloqueio de muitos depósitos de combustíveis estão entre os principais desafios das mobilizações sindicais contra o projeto de Sarkozy para a previdência, que deve receber o voto definitivo do Senado nesta semana.
As centrais convocaram para amanhã uma nova jornada de greves e manifestações.
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