Scholz é derrotado no Parlamento, e Alemanha terá novas eleições dentro de dois meses
Chanceler precisava de 366 votos para se manter no poder e obteve apenas 207; pleito antecipado foi marcado para o dia 23 de fevereiro
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, perdeu nesta segunda-feira (16/12) o voto de confiança do Parlamento, o que obrigou o país a convocar eleições antecipadas, que acontecerão dentro de dois meses.
Na votação realizada nesta tarde, o mandatário precisava de ao menos 366 votos, mas obteve apenas 207. O número de votos contra o chanceler foi de 394. Outros 116 representantes se abstiveram.
Com isso, as autoridades alemãs convocaram eleições para conformar um novo governo. O pleito teve sua data marcada para o próximo dia 23 de fevereiro.
A votação desta segunda foi resultado da cisão da aliança que sustentava o governo de Scholz, após o Partido Democrático Liberal (FDP, por sua sigla em alemã) ter rompido o pacto com o Partido Social Democrata (SPD, por sua sigla em alemão).

Scholz teve apenas 207 votos no Parlamento, em votação na qual precisava de 366 apoiadores para poder se manter no cargo
Esse rompimento, por sua vez, aconteceu em função da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, que é a principal liderança do FDP.
O governo Scholz apresenta baixos índices de aprovação devido à estagnação econômica da Alemanha, com o fechamento de fábricas por grandes indústrias e a disparada do custo da energia em função da guerra na Ucrânia.
Algumas pesquisas apontam a União Democrata Cristã (CDU, por sua sigla em alemão), partido conservador da ex-chanceler Angela Merkel e hoje liderado por Friedrich Merz, como o setor favorito para vencer as eleições.
Outras medições mostram um crescimento importante da legenda de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD, por sua sigla em alemão).
Com informações de ANSA.
