Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
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O Hospital Geral de Porto Príncipe, o maior da capital haitiana, está paralisado e não pode prestar atendimento aos milhares de pacientes que se amontoam em suas instalações.

O diretor do hospital, Guy LaRoche, explicou à Agência Efe que não consegue nem “contar o número de feridos” que compareceram desde terça-feira, o dia do terremoto, e que não pode atender devido à falta de água potável, eletricidade, estabilizadores, gasolina para as ambulâncias e cirurgiões para os inúmeros casos de fraturas, isso sem falar na escassez de remédios e alimentos.

Mas uma das necessidades mais urgentes é retirar os quase dois mil corpos acumulados no necrotério, nos corredores e no pátio do hospital desde o terremoto.

Logan Abassi/EFE



Homens agrupam cadáveres num pátio do Hospital Geral de Porto Príncipe

Apoio cubano

O outro grande centro médico da capital, o Hospital da Paz de Delmas 33, funciona graças ao trabalho de uma brigada cubana.

A médica Sara Salas fez em relato à Efe sua própria lista de necessidades: anestesia, soro, gesso e material de ortopedia, tudo isso para poder fazer amputações ou estabilizar fraturas.

Salas reconheceu que os feridos continuam morrendo nos hospitais, principalmente os que precisam de amputações, porque é impossível fazê-las sem o mínimo material apropriado.

Funcionários do Ministério da Saúde mantêm contato com os dois hospitais, mas não puderam ajudar de nenhuma forma, reconhece LaRoche, dado o virtual colapso de todo o aparelho governamental.

“Mas a ajuda internacional não chegou por completo desde o dia do terremoto”, lamenta.

Sem atendimento, pacientes e corpos se amontoam em hospital de Porto Príncipe

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