Quarta-feira, 26 de março de 2025
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Os chanceleres da Rússia, Sergei Lavrov, e dos Estados Unidos, Marco Rubio, iniciarão nesta terça-feira (18/02), as negociações com as quais os dois países pretendem estabelecer o fim do conflito armado entre russos e ucranianos, que está prestes a completar três anos – esse aniversário acontecerá na próxima segunda-feira (24/02).

Chefe do Departamento de Estado norte-americano, foi o primeiro a chegar em Riad, já nesta segunda-feira (17/02). A capital da Arábia Saudita sediará essa primeira reunião de as autoridades dos dois países.

Já o veterano diplomata russo, que comanda as relações exteriores do seu país há mais de 20 anos, deve aterrissar no país árabe no período da noite (segundo a hora local).

Antes de viajar, Lavrov revelou, em entrevista para meios russos, que seu país considera esta reunião como um primeiro passo, mas que a consolidação de uma proposta conjunta entre os países só será efetiva em uma etapa posterior, em um novo encontro que deve ser encabeçado pelos presidentes Vladimir Putin e Donald Trump.

Em outro momento da coletiva, o chanceler criticou as exigências feitas por líderes europeus para que autoridades desse continente façam parte das negociações pelo fim da guerra.

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Reunião entre delegações dos Estados Unidos e da Rússia acontecerá na Arábia Saudita

“Não entendo por que a Europa teria que estar representada, já que seus governos mantêm a mesma posição sobre o conflito há três anos. O que move a reunião desta semana é que temos um governo novo nos Estados Unidos, que está disposto a adotar outra postura e buscar soluções diplomáticas”, explicou Lavrov.

Por sua vez, Marco Rubio disse que o encontro não tratará somente do conflito entre Rússia e Ucrânia, e servirá também para “o início da normalização das relações entre Washington e Moscou, após décadas de um afastamento que não é bom para o mundo”.

Em entrevista à imprensa do seu país, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, repudiou a iniciativa, especialmente pelo fato de que nem ele nem qualquer outra autoridade do seu país foi convidada para participar da reunião.

Segundo o mandatário, “nós não sabíamos de nada sobre essa reunião e consideramos que qualquer negociação sobre a Ucrânia sem a presença de ucranianos é inútil. Não podemos e não vamos reconhecer nenhum acordo que não conte com a nossa presença na mesa de diálogo”.

 

Com informações de RT e Sputnik.