O vice-presidente do Senado italiano e membro da Liga Norte, Roberto Calderoli, pediu nesta terça-feira (16/07) perdão à ministra de Integração, Cécile Kyenge, congolesa, por compará-la a um orangotango. Ele afirmou, porém, que não irá renunciar.
Em uma breve declaração, Calderoli afirmou que fez “uma bobagem” e disse que nunca mais atacará nenhum adversário político com ofensas desse tipo, que classificou como “execráveis”. No entanto, o político aproveitou a ocasião para reafirmar que não tem intenção alguma de renunciar e que continuará criticando a política de “um governo que permite a entrada de imigrantes ilegais”.
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Calderoli alegou que, após a polêmica, ligou para a ministra para explicar que a ofensa aconteceu quando se deixou levar pelo ímpeto em um comício e cometeu “o erro grave, gravíssimo de passar do político para o pessoal”. Sobre a frase em que comparava a ministra com um orangotango, Calderoli disse que “não queria ter nenhum significado racial e ainda menos racista”.
Diante do comportamento, acrescentou que nunca mais voltará a se repetir, reiterou suas desculpas tanto à ministra como ao Senado e acrescentou que mandará “um buquê de rosas” a Kyenge. Calderoli explicou que em outra ocasião apresentou sua demissão quando era ministro em 2006, depois que sua coalizão pediu devido à polêmica que explodiu por causa de uma camiseta que usou com ofensas ao islã.
No entanto, agora, seu cargo é o de vice-presidente do Senado, representando a oposição, e que portanto só responde a quem votou nele. “Teria estado disposto a apresentar minha renúncia se uma forte maioria tivesse pedido, mas não foi assim”, acrescentou.