Roman Pilipey / Agência Efe
Comissão eleitoral prepara cédulas para votação na cidade ucraniana de Kramatorsk, neste sábado (25/10)
Comissão eleitoral prepara cédulas para votação na cidade ucraniana de Kramatorsk, neste sábado (25/10)
Separatistas pró-Rússia vão organizar boicotes em 15 das 32 zonas eleitorais existentes nas regiões de Donetsk e Lugansk, controladas por eles, durante as eleições legislativas que serão realizadas neste domingo (26/10) na Ucrânia. Segundo a agência “Unian”, a Comissão Eleitoral informou neste sábado (25/10) que sequer imprimiu cédulas para estas zonas, que incluem as capitais de ambas as regiões.
Também não poderão votar os ucranianos que moram nas localidades de Gorlovka e Makeevka, dois dos principais redutos separatistas em Donetsk. Ademais, os boicotes ocorrerão em Krasnodov, Krasni, Luch e Alchevsk, todas em Lugansk.
Cerca de 50 mil soldados e membros da Guarda Nacional ucraniana serão destacados para assegurar a votação em 11 das 21 zonas eleitorais de Donetsk (correspondentes a 3,3 milhões de eleitores) e em cinco das 11 de Lugansk (1,7 milhão de eleitores). No resto do país, mais de 100 mil policiais ficarão responsáveis por manter a ordem pública durante as eleições.
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O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, pediu neste sábado que a população compareça em massa nas eleições legislativas para defender a independência do país. “Devemos receber uma autêntica expressão da vontade popular. O que realmente quer o povo? Uma miséria quase colonial ou a independência do país e a prosperidade? A capitulação perante o império (russo) ou o Estado ucraniano?”, questionou. O chefe do governo e líder da Frente Popular disse que o direito de voto livre custou à Ucrânia “muitas vítimas”. Ele garantiu que as autoridades darão segurança aos eleitores e a manterão a integridade do pleito. Quase 37 milhões de ucranianos devem comparecer às urnas nas eleições deste domingo.
Os separatistas pró-Rússia anunciaram há semanas a intenção de boicotar as eleições legislativas nos territórios sob seu controle, onde convocaram para o dia 2 de novembro seu próprio pleito. O governo russo disse nesta semana que reconhecerá os resultados das eleições legislativas na Ucrânia, mas também defendeu a realização de eleições próprias nos territórios separatistas.