Ao menos duas pessoas morreram em confrontos com a polícia na cidade de Droroud, no Irã, no terceiro e maior dia de manifestações contra o governo, informa o governo. No entanto, a mídia local chega a falar em seis mortos durante os atos.
Esses são os maiores protestos no país desde 2009 e surgiram sem uma pauta específica na cidade de Mashhad, no noroeste do território. De lá, eles se espalharam por diversas cidades, incluindo a capital Teerã que, no entanto, também teve uma série de manifestações em defesa do governo de Hassan Rohani.
Assim como ocorre em muitos países, o Irã proíbe atos não autorizados pelos governos locais e, por conta disso, os manifestantes estão sendo ameaçados com o “punho de ferro” pela Guarda Revolucionária.
Wikimedia Commons
Governo ameaçou usar “punho de ferro” contra atos “ilegais”
NULL
NULL
“Se as pessoas queriam ir para as ruas para protestar pela inflação, elas não deveriam ter usado aqueles slogans e queimado propriedades públicas e carros”, disse o general Esmail Kowsari à agência de notícias local Isna.
A fala refere-se ao fato de que as primeiras manifestações criticavam a inflação e o aumento do desemprego, mas logo tornou-se um ato contra o governo em geral, com cartazes pedindo “a morte do aiatolá Ali Khamenei” e a saída do presidente, que foi recentemente reeleito.