Terça-feira, 13 de maio de 2025
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A Confederação Geral do Trabalho (CGT), maior central sindical da Argentina, está realizando nesta quarta-feira (30/04) sua grande marcha pelo Dia do Trabalhador, na cidade de Buenos Aires, pautada pelo reforço às críticas contra a política econômica do governo do presidente Javier Milei.

A manifestação tem como lema principal a frase “o trabalho é sagrado”, e consiste em uma marcha que teve início na esquina entre a Avenida Independencia e a Rua Perú, no bairro de San Telmo, até o Monumento ao Trabalho, que fica na Praça Primeiro de Maio, no bairro de Balvanera, a poucas quadras do Congresso Nacional.

Entre as demandas defendidas durante a mobilização estão a volta do mecanismo de negociação coletiva para restaurar os salários e a rejeição por parte do Parlamento dos ajustes econômicos exigidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para aprovar o empréstimo de US$ 20 bilhões concedido em março ao governo de Milei.

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A CGT prevê que mais de 100 mil pessoas estarão presentes no ato final do protesto desta quarta-feira.

Papa Francisco

As coberturas da manifestação feitas por meios como Página/12 e El Destape mostram uma grande quantidade de bandeiras e faixas homenageando o papa Francisco. O falecimento do pontífice, no último dia 21 de abril, causou grande comoção em toda a Argentina, seu país natal.

Trabalhadores exibem bandeira com imagem do papa Francisco em protesto contra a política econômica de Milei
Página/12

Antes de ser papa, quando era o cardeal Jorge Bergoglio, o religioso foi cardeal arcebispo de Buenos Aires, entre 2001 e 2013, e ficou conhecido por sua atuação junto a movimentos sociais e coletivos de apoio a populações carentes.

No século passado, nos Anos 50, Bergoglio também foi militante da Juventude peronista, que apoiava os governos de centro esquerda do líder político Juan Domingo Perón – que teve dois mandatos presidenciais, um entre 1946 e 1955, outro de 1973 até a sua morte, em 1974 –, maior ícone da causa trabalhista na Argentina.

Vale lembrar que a última grande primeira grande mobilização dos trabalhadores argentinos contra o governo de Milei aconteceu a menos de um mês: uma greve geral que durou entre os dias 9 e 10 de abril, também contra a política econômica de Milei e os cortes de direitos especialmente contra os aposentados.

 

Com informações de Página/12 e El Destape.