Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Teve início nesta quarta-feira (28/05) uma greve geral em todo o território da Colômbia, liderada pela Central Únitária dos Trabalhadores (CUT).

A iniciativa tem como principal objetivo mobilizar os trabalhadores colombianos em favor da proposta de realização de um referendo popular sobre a reforma trabalhista promovida pelo governo do presidente Gustavo Petro.

Em entrevista para o canal TeleSur, o presidente da CUT colombiana, Fabio Arias, lembrou que a greve foi convocada porque “as tentativas de aprovar o referendo sobre a reforma trabalhistas no Congresso foram negadas pelos parlamentares, devido à maioria que a oposição possui em ambas as casas”.

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Efetivamente, não só a reforma em si já sofreu derrotas em seu trâmite legislativo como também o projeto apresentado pelo governo para a realização do referendo popular sobre a reforma trabalhista foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.

“É impossível avançar com projetos para os trabalhadores no Congresso, da forma como ele é conformado hoje, então precisamos mobilizar os trabalhadores em favor das transformações que estão sendo negadas”, acrescentou Arias.

Paralisação dos trabalhadores colombianos está programada para se estender entre os dias 28 e 29 de maio
CUT Colômbia

48 horas

Em outro momento da entrevista, Arias enfatizou que a paralisação dos trabalhadores está prevista para durar entre os dias 28 e 29 de maio, com atos públicos programados em várias cidades, como Medellín, Cali e Barranquilla, além do evento principal organizado na capital Bogotá.

“Serão atos pacíficos, que vão demonstrar que os trabalhadores estão unidos contra a estratégia da oligarquia de bloquear um projeto que atualiza as leis trabalhistas para a nova realidade do mundo do trabalho no país”, ressaltou Arias.

Posição do governo

A Secretaria Administrativa da Presidência da República publicou um comunicado nesta quarta-feira dizendo que “os trabalhadores colombianos podem participar dos protestos de 28 e 29 de maio sem medo de represálias. Não poderá haver deduções salariais ou sanções aqueles que aderirem aos atos”.

Por sua parte, o presidente do país, Gustavo Petro, difundiu uma mensagem em suas redes sociais, criticando os empresários que ameaçam os trabalhadores, tentando evitar a adesão à greve.

“Os patrões têm o dever de não perseguir os trabalhadores das suas empresas que decidam exercer livremente seu direito à mobilização e ao protesto nos dias de hoje e amanhã. E as pessoas têm o dever de fazer suas manifestações de forma pacífica, sem agredir às forças públicas nem afetar o patrimônio público e privado”, comentou o mandatário colombiano.

 

Com informações de TeleSur.