O governo da Síria autorizou,
neste domingo (04/09), a entrada de inspetores da Cruz Vermelha no principal
presídio da capital Damasco. É a primeira vez que os agentes humanitários tem
acesso a pessoas presas após o início dos protestos contra o presidente Bashar al
Assad, há cerca de cinco meses.

O Comitê Internacional da Cruz
Vermelha classificou a decisão do governo sírio como um “importante passo
adiante”. A organização mantinha negociações com autoridades o regime de Al-Assad
desde junho para a retomada das suas atividades no país.

“Inicialmente, nós teremos acesso a pessoas
detidas pelo Ministério do Interior, e estamos esperançosos de que, em breve,
poderemos visitar todos os presos”, disse Jakob Kellenberger, presidente do
Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Ele visitou Damasco durante dois dias,
quando se encontrou com Assad.

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Apesar da iniciativa de abertura, o exército sírio
iniciou uma forte ofensiva contra opositores no noroeste do país, próximo à
fronteira com a Turquia. Uma pessoa teria morrido após os confrontos.

Assim como já havia feito o presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, o premiê britânico David Cameron disse, também nesta segunda-feira,
que Assad perdeu a legitimidade para governar. No último sábado, por outro lado, o ministro
das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, condenou o anúncio de sanções
feito pela União Européia, que levou à suspensão de todas as importações de petróleo
do país árabe.

Para o governo russo, a decisão pode destruir a
cooperação internacional sobre a crise no país. A chefe da diplomacia da União
Europeia, Catherine Ashton, disse que a Europa está fazendo o que pode para pôr
fim à violência.

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