Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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O atentado suicida do primeiro dia do ano, quando um homem detonou um veículo carregado de explosivos contra uma quadra de vôlei no noroeste do Paquistão, causou a morte de pelo menos 93 pessoas.

Pelo menos seis membros das forças de segurança morreram no ataque, que aconteceu durante uma partida de vôlei e destruiu totalmente uma casa próxima ao recinto esportivo.

 

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Autoridades e moradores continuam vasculhando os escombros do ataque de Shah Hasan Khan, uma aldeia do distrito de Bannu, vizinho das zonas tribais onde o exército luta contra os talibãs aliados à Al-Qaeda.

 

Estes talibãs são considerados os principais responsáveis pela onda de atentados que já deixou mais de 2.800 mortos no país em menos de dois anos e meio e se intensificou desde outubro, quando o exército lançou uma ofensiva no Waziristão do Sul, vizinho de Bannu.

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Explosivos

 

Os funerais das vítimas do atentado de sexta-feira à tarde estão previstos para este sábado, informou à AFP um porta-voz da polícia local, Shahid Hameed, sem dar mais detalhes “por motivos de segurança”. As autoridades temem que novos atentados sejam perpetrados durante estas congregações de pessoas.

 

O atentado suicida foi provocado pela explosão de um carro, abarrotado, segundo a polícia, com 300 kg de explosivos, em uma quadra de vôlei onde acontecia um torneio entre aldeias organizado pelo “comitê da paz” local, uma associação de moradores contrários aos talibãs, que estava reunida em uma mesquita vizinha na hora do ataque.

 

Este comitê apoiou o exército quando este veio expulsar os talibãs de Bannu, no ano passado. Poucos meses depois, os dirigentes militares anunciaram que o distrito estava livre dos rebeldes.

 

Cerca de 20 casas em volta da quadra de vôlei desabaram, criando um cenário de desolação em uma aldeia totalmente isolada e desprovida de equipamentos médicos.

Condenações 

 

Somente dois ataques suicidas foram mais mortíferos que o de ontem no Paquistão: o de 18 de outubro de 2007 em Karachi cometido por ocasião da volta da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto (139 mortos), e o de 28 de outubro passado em um mercado lotado de Peshawar (pelo menos 118 mortos).

 

Trata-se do segundo ataque mortífero da semana contra civis, depois do atentado que deixou 43 mortos em uma procissão xiita segunda-feira em Karachi e que foi reivindicado pelos talibãs.

O atentado de ontem foi condenado pela Grã-Bretanha, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) que reafirmou hoje (2) seu apoio ao Governo e à população do Paquistão. A alta representante para Política Externa e Segurança Comum da UE, Catherine Ashton, qualificou o ataque suicida como “vergonhoso”, já que “atingiu um grande número de civis inocentes”.

Sobe para 93 o número de mortos em atentado no Paquistão

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