A Promotoria da Suécia anunciou nesta quinta-feira (13/08) que encerrou uma parte das acusações de assédio sexual feitas por duas cidadãs suecas em 2010 contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
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Assange está há 3 anos na embaixada equatoriana para evitar extradição aos EUA, onde ele pode ser condenado por espionagem
A decisão foi tomada após o vencimento do prazo da apresentação de acusações formais. Apesar disso, os procuradores suecos reiteram que irão prosseguir com as investigações a respeito de uma terceira denúncia de estupro cometido por Assange, em 2010.
O australiano, por sua vez, disse estar “extremamente decepcionado” com a medida, já que afirma “ser inocente” das acusações.
“Não havia necessidade de nada disto. Sou inocente. Nem tinham apresentado acusações. Desde o princípio ofereci soluções simples. Ir à embaixada para prestar declaração ou que me prometessem que não me enviariam aos Estados Unidos”, afirmou.
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Exilado na embaixada do Equador em Londres há mais de três anos, ele pede que as autoridades o interroguem na própria sede diplomática. Segundo o jornal britânico Financial Times, o governo do Equador fez um acordo com as autoridades suecas para abrir negociações que permitam que Assange seja interrogado na capital britânica.
Protesto britânico contra Equador
De sua parte, o Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido anunciou hoje que o embaixador britânico no Equador apresentará um protesto formal contra Quito por dar asilo ao australiano “impedindo que justiça seguisse seu curso”.
Há tempos, o fundador do WikiLeaks se nega a ir à Suécia para responder a essas acusações, pois temia ser extraditado aos Estados Unidos, onde responderia por crimes de espionagem, já que seu site vazou milhares de documentos secretos militares e diplomáticos norte-americanos.
EFE
Fachada da embaixada do Equador na capital britânica: vigilância 24h