Suíços votam em referendo proposta de expulsão de estrangeiros condenados

Os suíços decidem neste domingo (28/11) se estrangeiros que forem considerados culpados em determinados crimes devem ser deportados. Em referendo, a proposta será votada e, se for aprovada, colocará a Suíça novamente em situação delicada diante da comunidade internacional, que criticou o país após a proibição da construção de minaretes nas mesquitas, há um ano.

A iniciativa é do maior partido da direita suíça, o Partido do Povo, que precisa uma série de delitos que poderiam provocar a retirada da permissão de estadia de um cidadão estrangeiro, como assassinato, assalto à mão armada, tráfico de seres humanos, estupro ou outro delito sexual grave, tráfico de drogas etc.

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Intitulado “Pela expulsão dos estrangeiros criminosos”, o texto prevê ainda a expulsão de estrangeiros que abusam da ajuda social ou da seguridade social. Para todos os casos, a pessoa precisa ser condenada antes de ser expulsa. Em caso de expulsão, haveria interdição de entrar na Suíça por um período de 5 a 15 anos, dependendo do caso, e por 20 anos em caso de reincidência, um dos pontos mais criticados pela União Europeia, para quem a prática contraria o acordo bilateral sobre a livre circulação das pessoas, firmado entre a Suíça e a UE.

Já os partidos opositores condenam a proposta por não ter em conta a proporcionalidade dos crimes – ou seja, tanto pode ser expulso um trabalhador que não declara horas extras como um violador reincidente.

Atualmente, mais de 20% da população da Suíça é estrangeira. As estatísticas oficiais dão conta de um aumento das condenações de estrangeiros nos últimos anos.

Em relação ao referendo, segundo pesquisa do instituto suíço Gfs.bern divulgada na semana passada, 54% dos eleitores aprovam a expulsão automática de estrangeiros condenados, 43% opõem-se e 3% estão indecisos.

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