A ofensiva israelense se aproximou hoje (13) da Cidade de Gaza, capital do território palestino invadido que tem 1,5 milhão de habitantes e uma das maiores densidades populacionais do mundo, com 4.166 por quilômetro quadrado, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) – equivalente à de Salvador, que tem a maior densidade brasileira: 4.091, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Durante a madrugada, Israel atacou a periferia da cidade, na investida mais pesada desde o começo do ataque, há 18 dias. O Exército de Israel disse ter causado pelo menos 30 baixas entre combatentes palestinos, que não confirmaram a informação.
O número de mortos do lado palestino se aproximou de 930, sendo cerca de metade mulheres, crianças e idosos.
Embora o governo israelense tenha dito no fim de semana que estava próximo de seus objetivos, o chefe do Estado-Maior para a Defesa (Jemad), Gabi Ashkenazi, avisa que ainda há muito a fazer.
“Os soldados estão fazendo um trabalho extraordinário, conseguimos prejudicar o Hamas e sua infra-estrutura, seu regime e seu braço armado, mas ainda resta muito a fazer”, declarou em reunião do Comitê de Defesa e Assuntos Exteriores do Parlamento israelense, segundo o site do jornal israelense Yedioth Ahronoth.
Veja mapa que mostra as diferentes densidades populacionais entre a Faixa de Gaza e fazendas em território israelense.
Cessar-fogo? Quem decide é Israel, diz ministra
Após uma conversa por telefone com a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, o vice-chanceler e ministro de Assuntos Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse ter pedido o fim dos ataques para que se possa cuidar da população de Gaza.
“Precisamos de um cessar-fogo humanitário, porque os combates e a situação da população civil em Gaza estão se agravando”, disse, em comunicado divulgado hoje. A resposta de Livni foi que Israel decidirá quando encerrar a ofensiva em Gaza.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, embarca hoje para o Oriente Médio. Vai passar quase uma semana na região, negociando a aplicação do cessar-fogo aprovado pelo Conselho de Segurança (com abstenção dos Estados Unidos) e a facilitação da entrada de material humanitário, como remédios e mantimentos.
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