Pelo menos 12 pessoas se feriram e outras 14 foram presas em confronto hoje (3), entre a polícia egípcia e criadores de porcos que se negam a sacrificar os animais em Muqattan, ao leste do Cairo, no Egito.
Segundo o chefe da polícia da capital egípcia, Ismail al-Shair, entre os feridos há sete policiais e cinco manifestantes que protestavam contra o sacrifício dos porcos ordenado pelo governo.
A contenda teve início quando os criadores começaram a jogar pedras nos agentes do governo, que já tinham levado cerca de 130 porcos ao matadouro pela manhã. Eles responderam lançando bombas de gás lacrimogêneo.
“Repentinamente (os habitantes) protestaram e provocaram desordens, jogaram pedras e garrafas, mas a situação já foi controlada”, declarou o chefe do departamento de limpeza da área, Mohammed Nabil.
Na última quarta-feira, o governo egípcio anunciou o sacrifício de todos os porcos do país, estimados em 350 mil. Segundo o ministro da Agricultura, Amin Abaza, o processo levará entre um e três meses.
Os proprietários dos animais receberão 12 euros (quase 35 reais) por cada suíno e ficarão com a carne do animal, caso esteja livre de doença. Pelas fêmeas prenhas, receberão 35 euros (cerca de 100 reais), mas, em todos os casos, é preciso descontar 2,5 euros (aproximadamente 7 reais) pela mão-de-obra no matadouro.
A medida do governo foi tomada apesar de declarações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que não há nenhuma prova de que os porcos transmitam a gripe aos humanos, e de que não há risco em ingerir carne suína. A entidade, para evitar estigma, declarou inclusive que a doença não se chama gripe suína, e sim gripe contraída pelo vírus A(H1N1).
As autoridades egípcias alegam que se trata mais de uma medida de higiene que de uma precaução contra a gripe. O país ainda não registrou nenhum caso da doença.
América do Sul
A Colômbia confirmou hoje o primeiro registro da doença na América do Sul. No Brasil, há 15 suspeitas de pessoas que contraíram o vírus e outras 44 estão sendo monitoradas, em 17 estados. Nenhum caso foi confirmado.
A OMS declarou que não há indício de propagação sustentada da gripe fora da América do Norte, apesar do aumento de casos confirmados – o número subiu para 898 em 18 países do mundo. O número de mortes continua em 20, sendo 19 no México e uma nos Estados Unidos.
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