O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, afirmou no domingo (21/07) que as autoridades do órgão eleitoral “distribuíram 100% das máquinas para as eleições presidenciais”, em todo o território nacional. O país se prepara para escolher o próximo presidente no próximo domingo, dia 28 de julho.
“Podemos afirmar com muito orgulho que temos 100% das máquinas distribuídas em cada um dos estados do país, depois de um trabalho que exigiu muitos dias”, disse Amoroso.
Ele parabenizou todos os que trabalham na organização eleitoral, afirmando que eles “já que são verdadeiros heróis” e ressaltou que cada processo de verificação e auditoria das máquinas contou com a presença de representantes de cada partido político. Esses representantes verificaram, ao lado dos observadores internacionais, técnicos e representantes de universidades, “os códigos ao software”.
“Por outro lado, há outros que não quiseram assinar nada e talvez os veremos gritar algumas coisas”, disse Amoroso, se referindo ao principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia, que em junho se recusou a assinar um compromisso de respeitar o resultado das urnas.
Amoroso disse ainda que há nações que são “muito críticas”, mas nestes países demoram meses até que se saiba quem ganhou as eleições presidenciais ou parlamentares. Espera-se que o resultado do pleito venezuelano seja divulgado na própria noite do dia 28.
Compromisso de respeitar o resultado
O correspondente do Brasil de Fato em Caracas, Lorenzo Santiago, disse que os eleitores venezuelanos confiam mais no sistema de votação do que observadores internacionais, porque “já estão habituados com o processo, sabem que as máquinas foram auditadas e passaram por um processo de verificação de mais de dois meses”.
“É um sistema consolidado, que tem mais ou menos a idade das urnas eletrônicas brasileiras e conta com a confiança do eleitor. Falamos também com observadores que afirmaram que todas as suas sugestões e recomendações foram acatadas e discutidas pelas autoridades eleitorais venezuelanas”.
O pleito mantém um formato que foi reconhecido por diferentes centros de pesquisa do mundo e chegou a ser elogiado até pelo ex-presidente norte-americano Jimmy Carter.