O aplicativo TikTok saiu do ar nos Estados Unidos neste domingo (19/01) depois que a Suprema Corte confirmou uma lei aprovada em 2024 pelo Congresso, que obrigava a plataforma a se desvincular de sua empresa matriz, a chinesa ByteDance, ou enfrentar o fechamento.
No entanto, a expectativa é de que o presidente eleito Donald Trump, do Partido Republicano, libere a rede social após tomar posse nesta segunda-feira (20/01). Em entrevista à emissora NBC News no sábado (18/01), o político afirmou que “provavelmente” realizaria uma ordem executiva para prorrogar em 90 dias o prazo para o TikTok encontrar um comprador nos EUA, permitindo a sua operação no país.
“Salvem o TikTok!”, escreveu o magnata na Truth Social, neste domingo.
O aplicativo, que tem 170 milhões de usuários no país, enviou a muitos deles uma mensagem em seus telefones com o aviso: “Desculpe, o TikTok não está disponível no momento”, atribuindo a interrupção das operações à legislação promovida pelo Congresso.
“Uma lei proibindo o TikTok entrou em vigor nos EUA. Infelizmente isso significa que você não pode usar o TikTok por enquanto”, afirma uma mensagem exibida aos usuários que tentam acessar a rede social no país. “Temos sorte de que o presidente Trump tenha indicado que vai trabalhar conosco em uma solução para restabelecer o TikTok assim que ele tomar posse. Fiquem sintonizados”, acrescenta o texto.

Por decisão unânime, a Suprema Corte dos Estados Unidos confirmou a lei que proíbe a operação da plataforma TikTok no país a partir de domingo (19/01)
Em 2024, o Congresso aprovou uma lei que dava até 19 de janeiro de 2025 para a empresa chinesa ByteDance, dona do aplicativo, vender a operação nos EUA para as corporações norte-americanas, com o argumento de que a plataforma representa “riscos à segurança nacional”.
No entanto, Trump atribui ao TikTok o mérito de aproximá-lo de eleitores mais jovens, o que alega ter contribuído para a vitória eleitoral contra a democrata Kamala Harris nas eleições de 2024.
Antes da suspensão entrar em vigor, muitos usuários recorreram a outra plataforma chinesa, a Xiaohongshu, também chamada de RedNote, escalando as listas das mais baixadas no país.
(*) Com Ansa e Deutsche Welle