O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse em declaração à nação que o atirador que matou um soldado das Forças Armadas ontem em Otawa, capital do país, e foi responsável pelo tiroteio ocorrido no Parlamento do país cometeu um atentado “terrorista”.
Agência Efe
Altar improvisado onde pessoas estão fazendo homenagens ao soldado morto nesta quarta-feira (22/10)
“O tiroteio no bloco central do Parlamento foi um ataque a todos os canadenses”, acrescentou o chefe de governo, em declaração à nação na noite desta quarta-feira (22/10). No momento do atentado, políticos discutiam como enfrentar a crescente ameaça de um ataque terrorista no país.
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“Seremos vigilantes com aqueles que nos querem fazer mal. Não seremos nunca intimidados e manteremos o Canadá seguro”, destacou. Harper também afirmou que o ataque foi “inspirado” no grupo EI (Estado Islâmico). “O Canadá não é imune aos ataques terroristas que vemos em todo o mundo”, ressaltou.
Harper, que estava no Parlamento no momento dos disparos, disse também que o “trágico incidente vai fortalecer a determinação do Canadá em localizar supostos terroristas no país e ajudar os aliados internacionais a derrotar os terroristas no Iraque”. Em outubro, o Canadá anunciou o envio para o Iraque de seis aviões caças-bombardeiros CF-18 Hornet, um avião-tanque para reabastecimento em voo e dois aviões Aurora de vigilância, fato que teria provocado a reaçõa do EI.
Em um vídeo divulgado na terça-feira (21/10), o grupo Estado Islâmico fez um chamado pedindo aos apoiadores que “se puderam matar um ateu norte-americano ou europeu, sobretudo um francês imundo, ou um australiano ou um canadense, o matem de qualquer forma possível e inimaginável”.
Tiroteio
O soldado Nathan Cirillo, de 24 anos, que fazia a guarda do Memorial Nacional de Guerra, em Ottawa, foi atingido pelo atirador, um homem identificado como Zehaf-Bibeau, e morreu. Após a ação, Bibeau se refugiou no Parlamento e foi morto durante tiroteio.
A polícia local segue com as investigações para determinar se o ato foi realizado somente por Bibeau ou se outras pessoas participaram da ação. O perímetro de segurança do local que havia sido isolado do público foi liberado somente 12 horas depois do tiroteio. “Não existe mais uma ameaça para a segurança pública na região”, informou a organização em nota.
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De acordo com a CBS News, Bibeau se converteu ao Islã e foi condenado em 2004 a 60 dias de prisão por posse de drogas. Em 2011, ele foi novamente para a cadeia por ameaças durante um assalto em Vancouver.
O atentado aconteceu dois dias após um homem suspeito de ter ligações com um grupo jihadista atropelar dois soldados canadenses em Quebec, matando um deles. O motorista fazia parte de uma lista com 90 nomes investigados pelas forças de segurança canadenses, o que levantou o alerta sobre ataques terroristas no Canadá.
O ministro de Justiça da Austrália, Michael Keenan, afirmou nesta quinta-feira (23/10) que o governo aumentará as medidas de segurança no Parlamento do país após os eventos no Canadá.
*Com informações das agências Brasil e Ansa