Milhares de trabalhadores da Samsung Electronics, maior fabricante mundial de chips e maior empresa da Coreia do Sul, entraram em greve por tempo indeterminado, pela primeira vez na história da empresa.
Originalmente planejada como uma ação de três dias, a greve foi prolongada indefinidamente na quarta-feira (10/07) depois da administração ter recusado a dialogar com os trabalhadores e recusado a aceitar a maioria das exigências do sindicato.
Até agora, mais de 6.540 membros do Sindicato Nacional Samsung Electronics (NSEU, em sua sigla em inglês), o maior sindicato da Samsung Electronics, participaram da greve.
O sindicato representa cerca de 30 mil trabalhadores, ou 24% de todos os funcionários da Samsung.
As reivindicações do sindicato incluem um aumento do salário básico de 5,6% para todos os membros, um dia de folga garantido no dia da fundação do sindicato e uma compensação pelas perdas econômicas devido à greve.
Apesar das alegações da Samsung de que a greve não afetou a produção, o sindicato relata interrupções nas linhas de chips e alguns equipamentos funcionando mais lentamente.
Desde o início do ano o sindicato vem tentando negociar com a empresa por aumento dos salários-base em 6,5%, melhores condições de trabalho, maior transparência nos pagamentos salariais e retorno dos benefícios que foram retirados pela Samsung. Porém, após a intransigência da empresa, os trabalhadores decidiram entrar em greve.
Essa é a primeira greve em 55 anos da existência da empresa. A Samsung é conhecida por suas políticas antissindicais, e até 2020 impedia os trabalhadores de se sindicalizarem.
Para além da greve de trabalhadores da Samsung, foram reportadas no último período na Coréia do Sul, greve de clínicas hospitalares, médicos de instituições públicas e professores de medicina, contra as reformas na saúde levadas pelo governo.
(*) Com Telesur e Esquerda Diário.