Após a votação histórica no Reino Unido que elegeu Keir Starmer como novo primeiro-ministro, o Partido Trabalhista conquistou a maioria no Parlamento com 412 assentos, enquanto os conservadores somaram apenas 121.
Os trabalhistas terminaram as eleições gerais com apenas seis cadeiras atrás do recorde alcançado pelo partido no pleito de 1997, quando Tony Blair (1997-2007) saiu vitorioso.
Pelo lado dos conservadores, a brusca queda da legenda do ex-premiê Rishi Sunak, marcada por várias polêmicas e turbulências, marcou o fim de um ciclo que durou 14 anos.
Os Liberais Democratas, de Ed Davey, elevaram a sua quantidade de assentos no Parlamento para 72 e obtiveram um resultado recorde.
A participação na eleição, por sua vez, permaneceu no nível mais baixo desde 2005, com apenas 59,9% dos eleitores marcando presença.
Em uma coletiva de imprensa, Starmer destacou a necessidade de “implementar a mudança de um Trabalhista que mudou”, partindo com um plano para relançar o “crescimento da economia”. Além disso, o novo premiê comentou que deseja ser julgado “pelos fatos, não pelas palavras”.
Eleições vencidas pelos Trabalhistas
Starmer recebeu oficialmente nesta sexta-feira (05/07) do rei Charles III o encargo de formar um novo governo no Reino Unido, após a vitória avassaladora de seu partido nas eleições legislativas da última quinta-feira (04/07).
Com isso, foi nomeado novo primeiro-ministro do Reino Unido e disse, durante o primeiro discurso, que o país “está pronto para a mudança” e promete um governo de “renovação nacional”. A eleição de Starmer representa o retorno do Partido Trabalhista ao poder no país após 14 anos. O último premiê trabalhista do Reino Unido foi Gordon Brown, que deixou o cargo em 2010.
Até o momento, o Partido Trabalhista obteve 412 dos 650 assentos na Câmara dos Comuns, mais que o dobro do último pleito, em 2019.
Já o Partido Conservador, do agora ex-premiê Rishi Sunak, viu sua bancada minguar de 365 para apenas 121 cadeiras em cinco anos, penalizado pelo caos do Brexit e pelos recorrentes escândalos dos últimos governos, incluindo o “Partygate” de Boris Johnson na pandemia de covid-19.
Sunak, que renunciou nesta manhã, governava desde outubro de 2022. Essa é a segunda renúncia de um premiê sob o reinado do filho de Elizabeth II, juntando-se a Liz Truss, que chefiou o governo por menos de dois meses.
(*) Com Ansa