O operador do cartel de drogas dos irmãos Béltran Levya, um dos maiores do México, foi preso um dia após o governo anunciar um programa de recompensa para informações que levem à captura de narcotraficantes, segundo o general Luis Arturo Oliver, chefe do Estado Maior da Defesa.
Héctor Huerta Rios, conhecido como “La Burra”, foi detido ontem (24) nos arredores da cidade de Monterrey, pólo industrial mexicano. Para a prisão de operadores como ele, o prêmio é de 15 milhões de pesos (2,4 milhões de reais). Para os chefões, 30 milhões.
As denúncias são anônimas e a recompensa é válida inclusive para traficantes menores que queriam delatar os chefes, como explicou o procurador-geral Eduardo Medina Mora. “O mais importante é ter as informações que nos levem à captura dessas pessoas”, disse em entrevista coletiva.
Figuram na lista de procurados 24 traficantes que, acredita o governo mexicano, tomam conta de seis cartéis diferentes. E também 13 operadores, como ”La Burra”.
Na lista negra do governo e na Forbes
Entre os 24 chefões, está Joaquín Guzmán, também conhecido como “El Chapo”. A polícia mexicana suspeita que ele seja o administrador do cartel de Sinaloa, o maior do país. Seu nome figura também em outra lista, a dos homens mais ricos do mundo, da revista Forbes. Está na 701ª posição, com um patrimônio pessoal estimado em 1 bilhão de dólares (2,4 bilhões de reais).
O sistema de recompensas é mais uma medida do governo de Felipe Calderón, que em dezembro de 2006 declarou “guerra” ao narcotráfico. Desde então, mais de 9,5 mil pessoas morreram em decorrência da violência relacionada aos cartéis.
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O assunto preocupa os Estados Unidos, que já aumentaram o efetivo na fronteira e preparam um programa de combate ao narcotráfico nos moldes do Plano Colômbia. A secretária de Estado Hillary Clinton viajou hoje para o México para discutir este assuntos, entre outros.
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