Um júri popular de Nova York ordenou que a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) paguem mais de US$ 218 milhões a vítimas de atentados realizados em Jerusalém entre 2002 e 2004, que feriram e mataram cidadãos norte-americanos.
De acordo com o tribunal, ambas as entidades tiveram responsabilidade nos ataques. O valor da multa pode ser triplicado se os atos forem considerados terroristas, de acordo com a legislação norte-americana. A decisão foi tomada na última quinta-feira (19/02), mas o resultado só foi divulgado nesta segunda (23/02).
Agência Efe
Protesto realizado na sexta (20/02) em Qadomen contra assentamentos israelenses na localidade
De acordo com a France Presse, os condenados poderão recorrer da decisão.
O advogado do grupo que entrou com a ação, Kent Yolowitz, argumentou que os ataques realizados pelos grupos Brigadas al-Aqsa Martyrs e Hamas— nos quais morreram 33 pessoas e 450 ficaram feridas — só ocorreram porque a ANP e a OLP “deram oxigênio aos terroristas”.
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Ambas as entidades negaram qualquer responsabilidade com o atentado. “Não há evidências concretas de que altos cargos da ANP ou da ONP participaram do planejamento ou aprovaram atos específicos de violência”, afirmou o advogado dos palestinos, Mark Rochon.
O juiz George Daniels, por sua vez, declarou que os palestinos não gozam da imunidade conferida a governantes de países reconhecidos como Estado.
Agência Efe
Soldado utiliza rifle em meio a protesto em Qadomen
Diante dos crimes cometidos por Israel na Palestina, a ANP ameaça levar o país ao Tribunal Penal Internacional de Haia.
Corte de energia
Também nesta segunda, a companhia nacional de eletricidade de Israel cortou termporariamente o fornecimento a duas cidades palestinas como forma de retaliação ao não pagamento de uma dívida de US$ 489 milhões.
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O vice-primeiro-ministro e ministro de Economia, Mohamed Mustafa, afirmou que a conta anual de fornecimento de energia “esgota as finanças palestinas”, dependentes de doações internacionais e da transferência de dinheiro arrecado por Israel.
Mas, desde janeiro, o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, congelou as transferências como retaliação à campanha da Palestina contra o país na Corte Penal Internacional para acabar com a ocupação da Cisjordânia e de Jerusalém. Desta forma, a Palestina não tem recursos para pagar os funcionários públicos.