O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (08/04) ao seu homólogo francês, Emanuel Macron, que deixará acordo Nuclear com o Irã. A informação foi revelada ao jornal norte-americano New York Times por uma fonte que esteve a par da conversa entre os dois.
Segundo a fonte, os EUA voltará a impor todas as sancões que haviam sido retiradas como parte do acordo, assinado em 2015 durante o governo de Barack Obama, além de impor novas penalidades econômicas ao Irã.
Uma segunda fonte que também esteve presente na conversa entre os mandatários afirmou que Trump alegou que as intensas negociações diplomáticas em torno do acordo esbarram na tentativa dos EUA de impor limites à produção de combustível nuclear iraniano.
Andrea Hanks/White House
Anúncio formal a respeito da decisão será feito ainda nesta terça-feira (08/05)
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Por meio de seu Twitter, Trump afirmou que irá anunciar oficialmente sua decisão a respeito do pacto às 15h00 (horário de Brasília) desta terça, durante discurso na Casa Branca.
Desde outubro de 2017, quando se negou a certificar que o pacto era coerente com os interesses de segurança nacional dos EUA, o mandatário já dava sinais de que pretendia deixar o tratado, mesmo que diversos inspetores internacionais defendessem que Teerã estava respeitando seu compromisso de não fabricar bombas atômicas.
Na ocasião, Trump afirmou que o Irã violou regras “várias vezes” e “não está cumprindo o espírito” do pacto. “Quanto mais nós ignorarmos uma ameaça, mais perigosa ela é”, afirmou.
Acordo
O acordo nuclear iraniano, em vigor desde outubro de 2015, mas aplicado de fato em janeiro de 2016 após a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) certificar que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos, prevê que o Irã não possa fabricar bombas atômicas.
Em troca, sanções de países e da ONU relacionadas ao programa nuclear do Irã, foram retiradas imediatamente, incluindo as aplicadas aos setores de finanças, comércio e energia. Bilhões de dólares de bens congelados também foram liberados.
Além de Irã e EUA, o pacto tem como signatários a China, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e União Europeia. Todos os países defendem que o tratado está sendo respeitado por Teerã.