Em artigo publicado nesta sexta-feira (08/11), em sua coluna no UOL, o jornalista Jamil Chade afirmou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende promover uma estratégia de “pressão máxima” contra a Venezuela, para tentar derrubar o presidente Nicolás Maduro da presidência do país.
Também segundo a coluna, essa campanha teria como um dos seus pilares a “construção de uma coalizão regional” contra o chavismo, e para isso o futuro governo deverá cobrar dos presidentes latino-americanos a adesão a essa frente, e o mandatário brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva estaria na lista.
A coluna também diz que há documentos preparados por conselheiros do Partido Republicano que expõem os objetivos da nova política externa de Trump.
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Um desses conselheiros seria Kiron Skinner, responsável por liderar um grupo de 140 ex-assessores do presidente eleito na elaboração do que se chama Projeto 2025, que também é apoiado por Steve Bannon, um dos maiores aliados ideológicos do magnata.
Um relato apurado pela coluna de Chade revela que entre os princípios do Projeto 2025 que fazem da Venezuela um dos alvos prioritários de Trump está a idéia de que “a liderança comunista (venezuelana) se aproximou de alguns dos maiores inimigos internacionais dos Estados Unidos, incluindo a China e o Irã, que há muito tempo buscam uma posição nas Américas”.
Em seguida, o documento prega que “para conter o comunismo venezuelano e ajudar os parceiros internacionais, o próximo governo (norte-americano) deve tomar medidas importantes para alertar os abusadores comunistas da Venezuela e, ao mesmo tempo, fazer progressos para ajudar o povo venezuelano”, também de acordo com o relatado pela matéria de Jamil Chade.
O Projeto 2025 incluiria trechos em que se demonstra claramente que um dos objetivos da nova política externa seria garantir acesso a reservas de petróleo e gás em regiões mais próximas aos Estados Unidos.
Isso explicaria a prioridade dada pela futura administração norte-americana às reservas da Venezuela, país com as maiores reservas de petróleo do mundo – 303 bilhões de barris, segundo estudo do Instituto de Geociências e de Engenharia do Petróleo da Escola Politécnica, entidade ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Com informações da coluna de Jamil Chade, no UOL.